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Tudo mudou, o INTERCOM também

Em novo formato, a emoção de representar a região Norte no maior congresso de comunicação do país continua sendo um privilégio.

Isabelle Lima - redação portalfalcon.com

Publicado em 04 de novembro de 2020.

A Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) 2020 acontece em formato virtual, devido a pandemia da COVID 19. Apesar das limitações físicas, os alunos, professores e pesquisadores tiveram a oportunidade de compartilhar seus projetos, na etapa regional, a fim de garantirem uma vaga para o nível nacional da competição. Na Faculdade Martha Falcão, três alunos comemoram a vitória e aguardam pelo grande momento. 

O objetivo do evento é incentivar a troca de conhecimento entre universitários, pesquisadores e profissionais que atuam no mercado comunicacional, proporcionando experiências na área e possibilidades de relacionamento. A 43º edição, que acontece este ano, com o tema: “Um mundo e muitas vozes: da utopia à distopia?” tem o apoio da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e entre as categorias disponíveis para disputa, apenas a apresentação de trabalhos científicos foi interrompida temporariamente. 

A Faculdade Martha Falcão participa da mostra todos os anos e segundo o coordenador do curso de comunicação, Carlos Fábio, a participação dos alunos em congressos desse porte é essencial pois ajudam a compreender melhor a área em que atuam. O estímulo do professor é que cada estudante participe de pelo menos um evento acadêmico durante a graduação, e para que a meta seja alcançada, ainda traça um planejamento que possibilite a realização. Ele ainda se diz orgulhoso do que alcançaram até aqui: “A sensação é de dever cumprido. Pense: as faculdades privadas geralmente só direcionam ao mercado em detrimento a formação acadêmica-científica. Logo, nós sermos a única faculdade privada do Amazonas a termos alunos concorrendo na etapa nacional nos indica que estamos no caminho certo.”

Tal como Carlos, os orientadores também foram fundamentais para o projeto. A professora de Design, Carla Batista, é um exemplo e entende que, além de um grande aprendizado, os resultados alcançam várias pontas da equipe que se dedica em fazer o melhor trabalho: “O evento é muito bem reconhecido nacionalmente e a conquista por esse reconhecimento é um mérito muito bem quisto. Fiquei muito feliz, porque o resultado desse trabalho premiado é também reflexo do meu trabalho. É uma conquista particular, coletiva, institucional e de pertença ao lugar, o nosso Amazonas”, diz Carla. 

Entre 2016 e 2017, projetos disciplinares e interdisciplinares que contemplassem as categorias de design começaram a ser articulados pela professora, dentro da faculdade, e os frutos, têm sido acumulados. Segundo Carla, na edição passada, a revista “Lectio”, produzida pelos alunos de Design de Notícias, foi premiada, por exemplo. E mesmo com a pandemia, os trabalhos continuaram, em ritmo diferente, mas a todo vapor: “Está sendo um desafio tanto para mim quanto para os alunos. O nível de exigência por resultados excelentes foi diminuído. Tenho que considerar a saúde mental dos meus alunos, mas mesmo assim continuamos com os projetos.”

E todo o esforço valeu a pena. Eduardo Brasil, José Maruxo e Aderlan Carvalho, alunos de comunicação da FMF, são três dos representantes da região na EXPOCOM 2020. Essa foi a primeira vez dos três finalistas no congresso, há quem já poderia ter sentido interesse em participar, mas preferiu adiar esse momento: “poderia ter participado desde o segundo ano da faculdade (Os trabalhos submetidos em um ano são os produzidos no ano letivo anterior) mas equivocadamente não me sentia preparado ou bom o suficiente para a competição”, diz Maruxo. 

Segundo os competidores, a motivação para dar esse passo veio de seus orientadores e também das amizades. Aderlan, por exemplo, reconhece esse incentivo como fundamental: “comentei com meus colegas que ajudaram no projeto e que super apoiaram a ideia de eu ser o aluno líder, e essa energia que vem das amizades construídas em sala de aula me motivaram a dar o meu melhor”. Além de representar o fim de um ciclo de sucesso: “Não queria sair da faculdade sem essa experiência, sinto que não teria sido 100% sem ela. Fico feliz de ter tido essa vivência no fim da faculdade, foi a comemoração da finalização de um ciclo”, diz Maruxo.

Os desafios não foram poucos, principalmente por terem defendido seus trabalhos em meio a pandemia. Eduardo conta que “a princípio foi estranho, tudo ocorreu de maneira on-line, desde a orientação até a apresentação, que foi gravada por vídeo”. Entretanto, José Maruxo e Aderlan garantem, que apesar de tudo, a emoção é a mesma.

Cada um dos meninos desenvolveu um projeto diferente. Eduardo investiu no jingle “Não pira, só curta”, que fez para a edição passada do Pirarucurta- evento focado no audiovisual promovido por alunos e professores da FMF- aproveitando também seus conhecimentos na área musical. Como o próprio aluno descreveu, o produto ficou como um “chiclete de ouvido”. 

Aderlan uniu forças com alunos do terceiro e oitavo período do curso de jornalismo, e produziram um livro sob três pontos chave: minimalismo, jovialidade e atração, sob a temática “a prática da comunicação social”. Seu desafio foi a diagramação do material dentro dos requisitos exigidos. 
Por fim, José Maruxo ganhou na categoria “fotografia publicitária”, em virtude de uma campanha que produziu em parceria com a amiga, Isabella Lopes, onde criaram uma marca fictícia com uma mini coleção de acessórios que representam a cultura afro-brasileira a partir de elementos naturais e cores vivas.

Os três já se sentem orgulhosos por vencerem a etapa regional e as expectativas para a nacional são as melhores possíveis: “Estamos confiantes, pois fizemos um trabalho digno de apresentação científica. Agora é agradecer por essa etapa em que chegamos e torcer pela próxima, a fim de trazer o prêmio pro Amazonas”, diz Eduardo. 

Edição: Marcella Ladislau
Atualização: Maickson Serrão
Supervisão: Professora Vanessa Sena
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