Divulgado nas redes sociais do festival, o teaser relaciona elementos amazônicos com a série Stranger Things da Netflix, e promete levar os participantes deste ano a uma viagem ao mundo invertido. Ambientada nos anos 1980, a série de ficção científica escolhida para a edição deste ano, tem a presença do monstro Demogorgon que, no material divulgado pelo Pirarucurta, é associado ao Mapinguari (na lenda amazônica, é um gigante peludo com um olho na testa e a boca no umbigo).

De acordo com a coordenadora-geral do Pirarucurta, professora Carla Batista, a cada edição, a estratégia é utilizar uma produção audiovisual de sucesso. “A princípio, estávamos focados nos filmes como foi no ano passado com Star Wars. Com a pandemia do novo coronavírus, todos os filmes atrasaram lançamento e estamos com os cinemas parados. Abrimos a visão para outras produções, como as séries, e o aluno João Sá propôs a série Stranger Things que é de sucesso e muito esperada”, explica Batista. 

O Pirarucurta - Festival Audiovisual Universitário tem a proposta de abrir espaço para a divulgação e democratização da produção audiovisual, objetivando socializar e dar visibilidade a vídeos e filmes de curtas-metragens produzidos por universitários das áreas de Cinema, Jornalismo, Publicidade e Design, além de fomentar o reconhecimento dos futuros profissionais do audiovisual de forma geral.

A primeira edição do Pirarucurta aconteceu em novembro de 2019 e além da exibição de curtas-metragens (mostras competitivas e não competitivas), houve pocket shows e bate-papo sobre produção audiovisual com a presença de convidados, como o diretor e roteirista de cinema da Fita Crepe Filmes, Bernardo Ale Abinader.

Para o coordenador do curso de Comunicação Social da Faculdade Martha Falcão, professor Carlos Fábio Guimarães, o Pirarucurta é um evento que ganha espaço fora da instituição. “É um evento que ultrapassa os muros da faculdade. Um evento de audiovisual que busca evidenciar a nossa produção local, tanto em nível universitário quanto profissional, colocando as pessoas que estão envolvidas com o audiovisual para debaterem sobre a área”, destaca.

Para o estudante de Jornalismo da Faculdade Martha Falcão, Víctor Mamede, o Pirarucurta dar visibilidade para produtos audiovisuais no Amazonas. “O Pirarucurta ano passado bombou de trabalhos audiovisuais dos cursos de Comunicação. O festival dá visibilidade para o audiovisual no Amazonas. Eu vejo o Pirarucurta como uma forma de mostrar como cresce esse mercado no Estado e até mesmo uma forma de alavancar o interesse das pessoas pelo audiovisual”, destaca Mamede que participou da mostra competitiva com o trabalho Acabe com o silêncio que te faz calar, premiado na categoria melhor obra de não-ficção/produção jornalística.