O Festival Audiovisual Universitário - Pirarucurta, divulgou ao longo dessa semana o nome dos profissionais que irão compor a mesa de jurados no dia do Evento. Os jurados foram escolhidos levando em consideração a carreira audiovisual no Amazonas e conhecimento na área.
O Pirarucurta está em segunda edição, a primeira aconteceu em novembro de 2019 na Usina Chaminé, foi uma noite intensa com mesa redonda e apresentação das produções audiovisuais. Neste ano, devido ao atual cenário de Pandemia o evento teve que mudar seu formato, aderindo a programação online no dia 18 e Drive-in no dia de 19 de novembro no Centro de Convenções Studio 5.
Confira abaixo a trajetória audiovisual dos jurados!
Marcos Tupinambá
Tupinambá é graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Tecnólogo em Produção Audiovisual pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Sua carreira começou cedo, ainda na faculdade com a produção de um programa de TV independente com o qual ganhou o prêmio acadêmico da Ufam, o troféu regatão. Como aluno de graduação participou do Programa de Iniciação Científica (Pibic) onde desenvolveu um projeto sobre a Amazônia no Cinema.
Tempos depois recebeu um convite do diretor austríaco, Herbert Brodl, para participar da produção da produção do filme Fliegers - Über Amazon, onde foi o pontapé inicial no cinema. Após essa experiência Tupinambá trabalhou em várias produções entre filmes, documentários, séries e publicidade. Entre eles a série River Monsters - Animal Planet; O Brasil visto de cima - Canal Francês Artè e Globo e o mais recente o longa metragem A Febre, filme brasileiro premiado.
Sobre o audiovisual no Amazonas, Marcos enfatiza que existem mentes brilhantes no Amazonas e acredita na importância de editais de apoio para que a profissão não seja vista como Hobby. Como última mensagem para os que querem apostar no audiovisual ele aconselha "Estudem, assistam, experimentem, produzam e não tenham vergonha disso. Busquem editais que façam seus projetos saírem do papel” concluí tupinambá.
Valentina Ricardo
Graduada em Filosofia pela Ufam e Tecnologia em Produção Audiovisual pela UEA. Durante a formação acadêmica se especializou em Estética e Filosofia do Cinema, estudando na iniciação científica o livro “A Imagem-Tempo”, de Gilles Deleuze. O que lhe rendeu seu primeiro prêmio como Melhor Pesquisa na área de Humanas no XXII Congresso de Iniciação Científica (Conic) da UFAM.
Durante o curso de cinema desenvolveu trabalhos e projetos, entre eles o Fita Crepe, em parceria com o diretor e roteirista Bernardo Ale e a palhaça e atriz Ana Oliveira. Com essa parceria surgiram os projetos, Roda na Praça, Clownbaré e Maloca de Palhaços. Além de curtas como: Os Monstros, Amém, A Goteira e o mais recente O Barco e o Rio que rendeu 05 prêmios no 48º Festival de Cinema de Gramado.
Sobre ser chamada para ser jurada Ricardo se sente agradecida “fiquei muito feliz por poder somar com o Pirarucurta. Vai ser uma experiência incrível assistir a tantos projetos amazonenses” conclui a cineasta. Atualmente ela se dedica a desenvolver trabalhos como diretora de fotografia, operadora e assistente de câmera.
Bernardo Ale Abinader
Graduado em Letras pela UFAM e Tecnologia em Produção Audiovisual pela UEA, atualmente é doutorando em Letras – Literatura pela Universidade de Brasília (UnB). Além do doutorado, Abinader é diretor e roteirista de cinema da Fita Crepe e Artes Cênicas pelo qual já dirigiu e roteirizou muitos textos dentre eles o longa-metragem O Barco e o Rio.
No ano 2018 ganhou o Concurso-prêmio Manaus de audiovisual para gravar o curta-metragem “O barco e o rio” (2020), que veio a estrear no 48º Festival de Gramado onde foi premiado com cinco Kikitos, um prêmio máximo concedido no festival. O curta também foi selecionado para o 30º Cine Ceará, 30º Festival Curta Cinema – Rio de Janeiro e 18º Bogoshorts – Festival de curtas de Bogotá. Atualmente o roteirista está desenvolvendo o roteiro de seu primeiro longa-metragem baseado no curta “O barco e o rio“ no Laboratório de Cinema da escola Porto Iracema das Artes / Instituto Dragão do Mar, além disso, o projeto de longa-metragem de “O barco e o rio” ganhou o prêmio de melhor pitching no MATAPI – evento de mercado audiovisual do Norte, e foi apresentado no Talents Guadalajara 2020.
Bernardo considera o festival universitário muito importante, por possibilitar interações e diferentes processos de aprendizagem que são decisivos para a formação de um cineasta. Sobre o audiovisual no Amazonas, Abinader acredita que a região tem grande potencial estético e muitos talentos a serem descobertos. Apesar das dificuldades de distanciamento com o resto do Brasil o cineasta afirma “as pessoas querem saber das nossas histórias e eu acho que os prêmios que recebemos no Festival de Gramado mostram isso” complementa Abinader.
Edição: Marcella Ladislau
Atualização: Maickson Serrão
Supervisão: Professora Vanessa Sena