Divulgada no início deste mês, a pesquisa também identificou uma forte tendência de crescimento na busca por cursos online, plataformas de e-Learning e cursos e instituições. A procura por ‘Curso de inglês online’ nos meses de pandemia foi 63% maior que a média registrada em meses anteriores.

Para a profissional em Comércio Exterior, Geyce Ferreira, 27 anos, os cursos online já eram uma tendência, agora são uma realidade. Ela diz que aproveitou e já fez inscrição em curso sobre lideranças que pela primeira vez, vai ser online, e agrega conhecimento ao seu trabalho. “O preço caiu bastante por ser online, isso é um dos grandes pontos dos cursos neste momento - o valor”, conta a jovem profissional.

A especialista em Educação a Distância (EaD), Amanda Araújo, 30 anos, afirma que os cursos online no Amazonas estão em constante crescimento e procura devido a várias questões, como preço e flexibilidade no acesso. Araújo diz que os cursos online são uma boa alternativa para alunos que passam o dia trabalhando, que não gostam de pegar trânsito e preferem ficar no conforto de seus lares. “Os alunos têm participado ativamente das aulas e uma das barreiras que inviabiliza para que esse número seja maior é a conexão de internet no Estado”, destaca a especialista e professora de uma instituição de ensino em Manaus, que oferta cursos online.

Devido à pandemia no país, a população precisou mudar, repentinamente, hábitos diários o que impactou no consumo de produtos e serviços. Assim, a pesquisa buscou quantificar esse impacto com dados do universo digital.

Além de educação, a pesquisa detectou alta durante a quarentena nos serviços e produtos de entretenimento, saúde, alimentação, home office, cuidados com a casa e beleza. Foram estudadas as alterações de volume nos dados de buscam no Google, tráfego de websites e downloads de aplicativos.

Segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua voltada para Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD Contínua TIC 2017) e realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de domicílios que utilizavam internet no Estado de Amazonas era de 70%. Dentre desse número está incluso também a internet de telefonia móvel.

Segundo Araújo, a realização de aulas semipresenciais é uma possibilidade para alunos que não possuem uma conexão muito boa de internet ou ainda não estão totalmente adaptados ao universo de cursos online. “Nesse formato, o aluno é acompanhado uma vez por semana por um tutor, muitos alunos da nossa instituição vêm do interior e optam por essa opção. Eles têm auxílio de um mentor em sala de aula e ainda podem usar o laboratório da instituição”, explica a especialista.