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No escurinho do cinema e no conforto do seu carro: cinema drive in

Segunda edição do festival universitário audiovisual, Pirarucurta, é realizado, em formato Drive In

Isabelle Lima - redação portalfalcon.com

Publicado em 02 de dezembro de 2020.

No último dia 19, aconteceu no Studio 5 Centro de Convenções a Festival Universitário Audiovisual Pirarucurta. Em sua segunda edição, o festival adotou um estilo único e inovador na capital amazonense, o formato drive-in, que reuniu 30 carros no salão do Centro de Convenções, além disso a noite contou com a participação de alunos e professores de diversos Institutos de Ensino Superior no Amazonas, fora os prêmios do Troféu Pirarucurta que foram entregues aos melhores trabalhos dentro de suas categorias.

A noite se iniciou com uma apresentação musical bem propensa ao tema com a participação do Professor Fábio Marques e do aluno de comunicação Gerson Marinho, após esse momento o público foi recebido pelos apresentadores da noite, Eduardo Brasil E Vinícius Costa, os dois são alunos dos cursos de comunicação da Faculdade Martha Falcão. A oportunidade ainda foi cedida para a professora Beatriz Goes e Vanessa Senna, as organizadoras do evento durante esse ano.

“Foi uma honra fazer parte de um festival tão lindo e que pôde ser realizado com toda a segurança, com todas as pessoas no evento usando máscara, álcool em gel, medição de temperatura na entrada, bonito de ver” enfatiza Goés. 

O vice-diretor da faculdade, Antonio Maués, foi o responsável por falar em nome da Faculdade Martha Falcão, que deu total apoio ao evento. Para ele o Pirarucurta é um evento que está crescendo e se expandindo pela cidade, o vice-reitor também citou a história do festiva que se iniciou ainda em 2018 através de um projeto interdisciplinar sob direção da Prof Carla Batista, idealizadora do Festival.

Além de um momento valioso para os alunos que organizaram e os que inscreveram seus trabalhos, foi uma oportunidade para quem nunca tinha vivido essa experiência, como o estudante André Normando: “Foi a primeira vez que eu participei de um evento drive in. O nome do evento chamou muita atenção, acho importante apreciar os produtos audiovisuais de estudantes nortistas, já que o audiovisual em Manaus não tem muito destaque, o evento permite que as pessoas conheçam obras e motiva os amantes do audiovisual a continuar produzindo”. 

O convidado contou que achou o evento divertido e sua maior surpresa foi poder escutar o áudio pela frequência da rádio. Também gostou do quanto o evento foi organizado e destaca sua parte favorita: “foi quando a premiação do curta o Caso Tucumã foi o vencedor de uma categoria que não lembro o nome, os carros todos buzinaram e o público foi à loucura”, diz André. 

No total foram 200 inscritos no festival e 30 carros espalhados pela centro de convenções. Segundo o Professor Marcus Cordeiro, responsável pela curadoria do evento, foram selecionados 41 curta-metragem, sendo 21 na mostra competitiva e 20 na mostra não competitiva. Na mostra não competitiva se inscreveram curtas de várias cidades do Brasil, entre elas: São Paulo, Niterói, Curitiba e Ribeirão Preto. 

Da Martha Falcão foram inscritos 11 trabalhos onde quatro levaram o prêmio em 05 categorias diferentes, sendo eles: Análise semiótica do cartaz Up Altas Aventuras, venceu em melhor edição em produção publicitária em audiovisual; Doe Pulsação | Dia mundial do doador de sangue, venceu em melhor roteiro em produção publicitária em audiovisual; Uma virada de sucesso, em melhor direção de fotografia em produção publicitária em audiovisual; Batalha dos pratos em melhor animação.

Beatriz Goes finaliza dizendo que o evento foi proveitoso e fala da sua surpresa ao ver tantos trabalhos submetidos de outros estados do Brasil. A organizadora do evento concluiu agradecendo aos professores dos cursos de Comunicação da Faculdade Martha Falcão e à instituição e aos alunos voluntários que fizeram parte da organização. “Foi um festival no qual os alunos puseram em prática seus conhecimentos e quem ganhou foi a cidade”, conclui Goés.

A história do Drive-in
Começa por volta de 1915, na cidade Las Cruces, no México, mas ganha maior proporção em 1932, nos Estados Unidos. Tudo aconteceu por causa das queixas da mãe de Richard M. Hollingshead Jr., que estava acima do peso e por isso não conseguia se adaptar as cadeiras dos cinemas tradicionais. Richard logo resolveu o problema, pendurando uma tela entre duas árvores, estacionando seu carro em frente com um projetor em cima, e esse foi oficialmente o surgimento do cinema drive in. 

Seu período de auge foi entre os anos 50 e 60. Nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 4 mil espaços chegaram a funcionar nesse modelo e marcou a história exibindo muitos filmes importantes, como Twister. A proporção dos espaços foi aumentando, até que Nova York teve um de seus maiores sucessos, podendo abrigar 2.500 veículos em um mesmo estacionamento. 

No Brasil, o modelo só chegou no fim dos anos 60. Em 1973 foi instalado um em Brasília, o “cine drive – in” e funciona até hoje, mas, os terrenos passaram a custar muito caro e por isso aconteceu a diminuição dessas exibições pelo mundo. 

A maior vantagem do cinema ao ar livre é que você tem mais intimidade, já que apenas sua família ou grupo assistem ao filme próximo a você. Inclusive, na década de 1940, alguns detalhes foram ajustados, como o som que passou a ser transmitido pelas rádios, em função dos carros já terem aparelhos de som, o que melhorou muito a qualidade da sessão. Além do que, antes, os estacionamentos que comportavam a exibição dos filmes eram nas áreas rurais, o que popularizou mais a oportunidade de contato com o cinema. 

Para acompanhar como foi a programação da segunda edição do Pirarucurta, basta acessar as redes sociais do projeto:
Instagram: @pirarucuta 
Youtube: Pirarucurta 

Edição: Marcella Ladislau
Atualização: Maickson Serrão
Supervisão: Professora Vanessa Sena
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