Greve dos professores do Amazonas: Sindicato reivindica reajuste de 25%
Professores da rede estadual estão em greve desde o dia 17 de maio.
Por Ester Carvalho
Da redação portalfalcon.com
Publicado em 25/05/2023
Professores da rede estadual de ensino do Amazonas estão em greve desde o dia 17 de maio, o motivo da paralisação é referente a cobrança do reajuste salarial. Os educadores cobram uma mudança de 25% do salário, porém o Governo do Estado propôs um reajuste de apenas 8%, o que não agradou a categoria.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), responsável pela liderança da greve, 70% das escolas estaduais de Manaus estão sem aulas, sem previsão de retorno. Uma reunião mediada pelos deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALEAM) com um representante do governo do Estado foi realizada, quando foi proposta a possibilidade de 8% de reajuste com a condição que os professores suspendessem a greve. “Foi a primeira vez em anos que o governador abriu um canal de diálogo, depois de muita pressão da categoria. Essa proposta não contempla nossas pautas e não está de acordo com a lei de greve, e foi rejeitada em assembleia no dia 22 de maio deste ano. Estamos no aguardo de uma próxima reunião”, explica a professora Milena Nogueira, atuante na greve.
A professora também pontua que o movimento possui pouca visibilidade, o que dificulta a divulgação de informações concretas sobre o tema. De acordo com Nogueia, foi divulgado que as escolas do estado estariam funcionando normalmente, porém não é a realidade. “Nossa voz não é ouvida na maioria dos grandes portais de notícia, e a população não fica a par do que estamos reivindicando, e porquê. Outra dificuldade é o assédio que sofremos por parte dos diretores das escolas, que ameaçam os trabalhadores com desconto de faltas e perda de cargas dobradas. É importante destacar que greve é um direito dos trabalhadores garantido pela Constituição Brasileira, sem exceções, e este tipo de assédio moral é crime”, ressalta Nogueira.
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Pereira Rodrigues, explica que o atual objetivo do sindicato é aumentar a quantidade de trabalhadores grevistas, para que possam ter mais visibilidade no movimento “Agora temos um dever maior, fazer o nosso movimento crescer em quantitativo de trabalhadores parados para que possamos de fato ter seriedade”, diz.
De acordo com o sindicato, a data-base 2023 dos trabalhadores da rede estadual venceu no dia 1º de março deste ano. O Governo do Estado ainda não se manifestou sobre as novas decisões do Sinteam, e a greve continua por tempo indeterminado.
Edição e supervisão: Professora Vanessa Sena
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