FLORESTA BRASILEIRA É ALVO DE GRILAGEM DE TERRA
O Instituto Chico Mendes tenta evitar que pequenos proprietários se aproveitem da falta de fiscalização para expandir suas terras na Amazônia
Publicado em 4 de Novembro de 2019

FOTO: REPRODUÇÃO/IBAMA
Ocupação irregular de terras, também conhecida como grilagem, ocorre desde a promulgação da Lei de Terras de 1850, devido às deficiências encontradas no sistema de controle de terras no Brasil.
Ao longo dos 100 quilômetros da estrada de terra que corta a Floresta Nacional do Bom Futuro, próxima de Porto Velho, Rondônia, é fácil encontrar mata nativa queimada. Durante 20 anos, a unidade de conservação na Amazônia nunca teve seu destino tão ameaçado, por invasões, grilagem, desmatamento e fogo, como nos últimos meses.
Uma brigada de incêndio estrategicamente posicionada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), tenta evitar que uma área de reflorestamento do tamanho de 70 campos de futebol seja a próxima vítima dos incendiários.
Em todos os nove estados da Amazônia Legal, casos semelhantes fizeram o número de alertas de queimadas disparar em 2019. De janeiro a agosto, foram mais de 46 mil focos registrados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um aumento de mais de 100% em comparação ao mesmo período do ano passado.