Por Brenda Nicole

Da redação portalfalcon.com

Publicado em 09/05/2023

O medo de envelhecer é uma sensação que preocupa a população devido a uma subestimação baseada na idade, tal desmerecimento traz à tona o etarismo. À medida que a sociedade evolui, essa desvalorização segue enraizada na população e pode ser vista através de atitudes como a rejeição de alunos mais velhos em sala de aula por parte dos demais estudantes, em seletivas de emprego e até mesmo a diferença salarial.

É importante ressaltar que o etarismo ocorre tanto com pessoas com a idade mais elevada, como com pessoas mais novas. Bruna Pinheiro que tem 35 anos e é estudante de Jornalismo, comenta que se sentiu rejeitada após ver que os alunos da turma se recusaram por um tempo a completar o grupo dela que precisava de seis integrantes e havia apenas dois. “Olhei para o lado, olhei para o outro e vi uma sala cheia, mas sem ninguém com disponibilidade pra fazer o trabalho comigo”, recorda. Além disso, ela relata que passou por um período de insegurança devido à situação. “Pensei em desistir por não ter apoio”, afirma.

O que leva as pessoas mais velhas a se sentirem desvalorizadas pelos demais grupos de idade, é a falta de consciência pública sobre os problemas desenvolvidos por meio dessa discriminação. De acordo com a estudante de psicologia Larissa Curintima, “o etarismo é prejudicial não apenas para os idosos, mas também para a sociedade como um todo, já que todos envelhecem em algum momento de suas vidas”, diz. Curintima comenta que as expectativas dos outros podem desempenhar um papel importante no desempenho dos mais velhos e pode gerar uma saúde física e mental melhor.

Para que as pessoas com mais idade possam ter um bom aproveitamento, são necessárias algumas ações para que instituições, empresas e a população mudem a percepção sobre o assunto. “Investir em pesquisas que abordem o tema do etarismo é importante para entender suas causas e consequências e desenvolver estratégias efetivas de prevenção e combate a este tipo de discriminação”, afirma Curintima.  A conscientização nas escolas é um meio para que a futura geração entenda e não subestime, para que ampare e não exclua. É essencial garantir uma visão de liberdade e remover qualquer ideia sobre limitações de pessoas mais velhas.



Edição e supervisão: Profa. Vanessa Sena