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COMO  PANDEMIA ESTIMULOU MUDANÇAS NO SETOR DA BELEZA

Foto reprodução: (https://br.freepik.com/)


Marcar um horário no salão de beleza significava puro entretenimento e diversão. Seja para maquiar uma debutante, arrumar uma noiva ou simplesmente mudar o visual, o salão de beleza é o lugar preferido de muitas pessoas para dar boas risadas e compartilhar novidades. E a explicação disso é simples: os salões fazem parte dos melhores momentos de qualquer cliente, oferecendo a eles serviços e tratamentos de beleza que despertam emoções e marcam histórias em dias importantes ou simples.


Entre uma maquiagem ou outra, é comum que clientes contem novidades, ouçam conselhos, façam confidências, entre outros detalhes pessoais. De qualquer forma, essa troca de experiência é resultado de uma relação de confiança e só pode ser obtida em lugares descontraídos e agradáveis. Nesse ambiente é natural que os clientes se sintam mais à vontade, desligando-se do mundo e de suas preocupações. Quem não gosta de fazer as unhas, pintar os cabelos, comentar sobre a novela com as suas amigas de salão? Essas feminices fazem parte da rotina de qualquer salão de beleza, sendo elas também responsáveis pelo clima de alto astral.


Mas com a chegada do coronavírus ao Brasil muitas medidas foram tomadas para impedir seu avanço e o crescimento do número de vítimas. Uma delas afeta diretamente a população: a suspensão dos trabalhos considerados não essenciais. As consequências dessas medidas são notáveis com algumas pequenas empresas prestes a falir e o aumento na taxa do desemprego.


Um dos departamentos da economia mais atingido foi o da beleza. Salões, barbearias, academias, clínicas de estéticas e depilação que não estão incluídos nos serviços essenciais, e por isso tiveram suas rotinas interrompidas devido ao novo Coronavírus. Estes profissionais viram os seus lucros sofrerem uma queda de 75%, segundo o portal de noticias A Agência Brasil, sendo assim, precisaram buscar novas estratégias para se reinventar e manter suas contas em dia.


Evitar aglomerações de pessoas, manter distância de pelo menos um metro, ficar em casa. Essas são as principais recomendações da OMS para a população durante a pandemia do novo coronavírus, além de lavar sempre as mãos e o uso de máscaras. Para quem tem um salão de beleza, as recomendações não são tão fáceis.


O que dizem os mais afetados


Apesar dos clientes não quiserem dar entrevista, Yorrane Barbosa de 20 anos de idade, é a dona do Studio Vip, um salão de beleza no Adrianópolis, afirma que “O movimento diminuiu bastante. Acredito que seja tanto pelo medo de pegar o vírus quanto porque muita gente está sem trabalhar e sem receber, logo sem recursos para gastar. Acredito que no primeiro mês de pandemia mal deu para pagar as contas para manter o salão. Mas com o passar do tempo, os clientes foram perdendo o medo e voltando a rotina normal de salão de beleza”.

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Nesse cenário, muitos trabalhadores, em um movimento desesperado, acabam abrindo as portas de seus estabelecimentos. Correm o risco de se infectar com o vírus e passá-lo para clientes e também familiares, caso as medidas de prevenção não sejam adotadas ou feitas de forma incorreta pelo que presta o serviço e por quem o contrata. O uso de máscaras, luvas e álcool em gel para higienizar as mãos e os utensílios podem ser adotados, mas dentre as medidas, uma delas não será possível, que seria manter uma distância segura, o que faz com que o cuidado deva ser redobrado.


Muitas mudanças nessa área ocorreram a partir das novas estratégias adotadas por alguns profissionais, sejam elas, em sua rotina, a forma de trabalhar, novos recursos adotados e equipe de trabalho. No caso de Yorrane, essas mudanças foram graduais. “Começamos divulgando em nossas redes sociais que os serviços do salão poderiam ser feitos em casa, uma espécie de Home Care, os clientes marcaram um horário e os profissionais atendiam todas as necessidades dos clientes no conforto e segurança de suas casas. Logo após isso, os clientes que se sentissem à vontade no salão, poderiam marcar um horário privado do local. ”

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O que mudou no trabalho


A flexibilização durante a pandemia não vem sem cuidados extras. No caso do Studio Vip, Yorrane orienta os profissionais a trabalhar com um cliente por vez, deixando um espaço de 30 minutos entre um atendimento e outro. Durante esse intervalo, ocorre a limpeza e esterilização de todo o lugar com álcool. Os funcionários usam máscaras e luvas o tempo inteiro, e a oferta de álcool em gel para os clientes é constante. Se o cliente não tiver sua própria máscara, o salão oferece uma descartável para ele.


Todos esses cuidados não vêm sem reveses e custos. Yorrane explica que a diminuição no número de pessoas circulando pelo salão ainda se coloca como um desafio. “Por ser preciso diminuir o número de pessoas por vez dentro do salão, os lucros diminuíram. E outro ponto são as medidas de segurança que precisam ser adotadas (como comprar máscaras para funcionários e clientes e álcool em gel) também houve uma maior saída de dinheiro nesse aspecto”, explica.

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Com a queda na economia, principalmente no setor e beleza, muitos profissionais se viram encurralados e acreditam não ter outra alternativa a não ser diminuir a sua equipe de trabalho, mas quando foi questionada Yorrane diz: “Não, conseguimos manter todos os funcionários. Até porque no salão os funcionários não têm carteira assinada, eles trabalham como salão-parceiro, então eles recebem a partir de comissões do trabalho deles.”

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