Ainda em janeiro, uma análise feita pela ONG WWF-Brasil, mostrou, com base em imagens de satélites, uma comparação de como era e como ficou a área destruída pelo rompimento da barragem. Para se ter ideia, aproximadamente 125 hectares de florestas foram perdidos, isso equivale a mais de um milhão de metros quadrados, ou 125 campos de futebol.
A área em que ocorreu o desastre fica dentro de uma floresta de Mata Atlântica em transição para o Cerrado. Isso quer dizer que além das mortes de pessoas, a ruptura da barragem também acabou arrancando milhares de árvores do local, matando também várias espécies de animais que viviam lá. Onde tinha floresta, casas e empresas, foi coberto e levado pela lama.
A pequena cidade mineira precisará de muito tempo para voltar a ser o que era, o grande impacto causado pela ruptura ainda está praticamente igual, mesmo após quase um ano do desastre.
O impacto ambiental pode ser visto na floresta que foi arrancada, nas espécies de plantas e animais que morreram, já o socioambiental é, talvez, um pouco pior. Muitas famílias perderam suas casas, seus parentes, seu empregos. O país ainda passa por uma crise, então, será difícil e demorado ressarcir o que tinha ali antes. O local voltou a ser um lugar inabitável, sem casas, sem luz, sem água e internet.
Paula Hanna Valdujo, especialista em conservação da ONG, opina que "serão necessários estudos mais detalhados para entender a intensidade deste impacto e até onde se estende".