O diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil aumenta as chances de cura em 70%. Saiba quais são os sintomas.

Isabelle Lima – redação portalfalcon.com

Publicado em 23 de setembro de 2020 

As doenças mais frequentes dentro do grupo do câncer infantojuvenil são as leucemias, mais conhecidas como “a doença do sangue”, que afetam os glóbulos brancos, atingindo o sistema nervoso central e os linfomas do corpo. Entretanto, a médica- hematologista pediatra e também, diretora presidente do Hemoam, Socorro Sampaio, garante que não há melhor prevenção do que a descoberta precoce. “O tratamento em si é importante, mas, quando o paciente chega aqui mais precocemente com a doença em estado inicial, a chance de curar, aumenta. É claro que tem algumas situações como a presença de alterações citogenéticas, moleculares, que são indicativos de mal prognóstico. Mas se o paciente não tiver essas alterações e chegar precocemente e for criança na faixa etária de maior que 1 e menor que 9 anos, a chance de curar pode chegar em até 90%”, diz a gestora, indicando que um simples hemograma é capaz de detectar algum tipo de alteração no organismo. 

Medo do tratamento e a busca pela cura

A rotina da dona de casa Valcemira Mendes mudou bastante desde o dia 16 de fevereiro de 2018. Mãe do Marco Guilherme, de 5 anos e 11 meses, a criança há pouco tempo venceu o câncer. Para entender melhor a história, confira a entrevista concedida ao Portal Falcon. 

Portal Falcon: Como vocês descobriram a doença? 

Valcemira Mendes: o Marco vinha sentindo febre de 42 graus, levei ele ao um posto de saúde, onde ele teve que fazer 4 exames de sangue para confirmar a doença. Aquele dia foi muito dolorido e sofrido, porque eu já havia perdido uma irmã com câncer. Só de pensar que meu filho estava com essa doença, eu não aceitava. O único pensamento naquele momento era de perder meu filho. E o Marco tinha apenas 3 anos e 6 meses, tão pequeno e inocente. 

Portal Falcon: Como foi o tratamento? 

Valcemira Mendes: Meu Deus! O tratamento dele foi tão cheio de medo da minha parte. Só de pensar que ele iria fazer vários e vários procedimentos, chorava todo dia. 

Portal Falcon: Sendo mãe, como foi acompanhar todo o processo? 

Valcemira Mendes: Sem palavras! Deus foi a minha força e o Marco Guilherme a minha base para suportar tudo. Estive ao lado dele 24 horas, não dormia e nem comia direito, eu ficava de olho nele todo tempo. Passei um mês dentro do Hemoam com ele, sem ver a cor do sol. Sou muito grata à misericórdia de Deus pela saúde do Marco. 

Esse foi o final feliz do Marco, que afirma ter passado por dificuldades, mas tinha um bom incentivo para superar: “eu tinha medo da agulha e doía, mas a mamãe me prometeu que se eu saísse dali curado eu iria jogar todos os joguinhos”. Ao tocar o sino da cura, Marco confessa estar feliz e declara ser o capitão américa. Sem dúvidas, um super herói.