Projeto social Puxirum do Bem-Viver leva inclusão para povos indígenas, em Manaus-AM
Projeto teve início em 2019 e é pautado nos princípios da agroecologia.
Por Maria Beatriz Rodrigues
Da redação portalfalcon.com
Publicado em 28/09/2022
Manaus é a cidade mais populosa da Amazônia brasileira, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Dentre os habitantes, há um grande número de indígenas morando na capital. Muitos povos originários, contudo, encontram-se à margem da sociedade e à mercê de descaso governamental, sofrendo com problemas de alimentação, saúde, moradia e saneamento básico. Foi pensando nisso que surgiu o projeto Puxirum do Bem-Viver, uma organização sem fins lucrativos que está em atuação desde 2019 e tem o intuito de promover a inclusão dos povos indígenas, em Manaus-AM.
A Organização Não Governamental (ONG) Puxirum do Bem-Viver funciona por meio de doações. Após determinada quantia ser acumulada, compram-se alimentos orgânicos de produtores agroecológicos regionais, confeccionam-se cestas, que são destinadas às comunidades indígenas que necessitam. A agroecologia consiste na distribuição de alimentos sem agrotóxicos, frescos e saudáveis, ressaltando e preservando as tradições indígenas do plantio.
De acordo com o voluntário Hamilton Azevedo, o projeto Puxirum (que significa mutirão, na língua tupi) é formado por voluntários que atuam em comunidades indígenas e, para facilitar o processo de criação das cestas básicas, surgiu a ideia das hortas comunitárias. “O Puxirum surgiu como forma de pôr em prática em prática o bem-estar, que atenderia as populações em situação de vulnerabilidade alimentar. Ao mapearmos as comunidades, encontramos muitos indígenas nessa situação. Para atendê-los, viabilizamos a criação de hortas comunitárias, para buscar não só garantir a alimentação, mas também alguma fonte de renda”, destacou.
A organização que salva vidas por meio de uma produção sustentável já levou o bem-viver a grupos indígenas como a Comunidade Parque das Tribos, localizada no bairro Tarumã, Coordenação dos Povos indígenas de Manaus e Entorno (COPIME), no Centro, e a Associação de Mulheres Indígenas Sateré-Mawé (AMISM), situada no bairro Compensa.
Ainda segundo Azevedo, os principais desafios do movimento são poucos voluntários, além da falta de fomento e apoio logístico. Devido a essa situação, o Puxirum funciona também por meio de doações (dinheiro ou produtos de higiene). Quem desejar doar qualquer quantia ou interessar-se pelo projeto pode entrar em contato através do Instagram @puxirummanaus.
Edição e supervisão: Professora Vanessa Sena
Todos os direitos reservados Agência Experimental Falcon