Por Matheus Miyachi

Da redação portalfalcon.com

Publicado em 09/11/2022

Quando a quarentena começou, Lucas logo se perguntou como iria estudar. Foi aí que as aulas remotas foram anunciadas e ele logo entortou a boca, temendo essa nova experiência, achando que não ia dar certo e só querendo um descanso, já que o mundo estava um caos.

No início, realmente foi bem estranho. Acordar cedo para assistir aula, grande parte das vezes deitado no conforto de seu quarto, era tentador para uma soneca, o que fazia com que ele deixasse os professores no vácuo até levar falta. Alguns de seus colegas de classe chegaram a mudar para a classes noturna, pois estavam passando pela mesma situação, mas ele se manteve firme.

Foi com o passar do tempo que Lucas foi se acostumando, e seus professores também aprenderam a lidar melhor com a nova dinâmica. Ele foi percebendo o lado bom dessa situação. Era uma delícia não ter que pegar um ônibus lotado para chegar à faculdade, o que fazia com que ele não tivesse que fazer mais nada depois.

Ao retorno das aulas presenciais, o baque foi grande. Parecia que tudo havia se tornado complicado de novo. Apesar disso, ele foi notando que não existia nada melhor do que uma aula presencial. A atenção era bem maior quando ele estava cara a cara com o professor. Então ele percebeu que, no fundo, era tudo questão de adaptação, porque sempre que algo mudava, ele preferia a anterior e assim por diante. Lucas nunca foi uma pessoa decidida, estava habituado a ser assim a vida toda.

 Edição: Professor Fábio Marques

*O conteúdo do texto opinativo é resultado da oficina ‘Crônica: Histórias de um mundo pós-pandemia, ministrada pelo professor Fábio Marques, da Faculdade Martha Falcão Wyden. A atividade fez parte da programação da Semana Nacional de Cursos de Economia Criativa, promovida pelo grupo Yudqs, nos dias 10 a 14 de outubro deste ano.