Opinião: Harry’s House é um triunfo na ainda curta carreira solo de Harry Styles
Em seu terceiro álbum, o cantor britânico de 28 anos atinge a plenitude pop almejada pelos artistas do gênero.

Por Matheus Miyachi
Da redação portalfalcon.com
Publicado em 25/05/2022
Apesar de já possuir mais de 10 anos de carreira, Harry Styles, que antes fazia parte do grupo de sucesso One Direction, lançou há apenas 5 anos seu primeiro projeto solo. A partir daí todos os seus lançamentos obtiveram um bom desempenho comercial, o que somado a turnês lotadas e a canção pré-lançada de seu terceiro álbum de estúdio alcançar o primeiro lugar sem diversos países pelo mundo, fez com que o disco fosse o mais aguardado de 2022.
Lançado na última sexta-feira (20), Harry’s House já é um fenômeno. Todas as 13 faixas do trabalho estrearam no topo da parada global do Spotify, somando mais de 90 milhões de reproduções na plataforma, além da previsão de 500 mil cópias em vendas na primeira semana nos Estados Unidos.
O álbum abre com a dançante ‘Music For a Sushi Restaurant’, faixa que é tanto nostálgica quanto moderna, sensação curiosa que continua nas faixas seguintes ‘Late Night Talking’ e ‘Grapejuice’, formando uma trindade que representa da melhor forma o significado de felicidade.
A quarta faixa ‘As It Was’, lançada previamente, é uma das canções de maior sucesso de 2022, graças a mistura de uma composição depressiva com uma melodia contagiante, além do nome de peso que Styles consagrou nos últimos anos.
‘Daylight’ trata do sentimento de paixão e dá início às composições mais intensas do disco, já que é seguida por ‘Little Freak’, na qual Harry canta sobre não tirar alguém da cabeça, sendo essa a mais triste da lista, e depois por ‘Matilda’, que é capaz de tocar o coração de qualquer um que possua problemas paternos.
Na deliciosa ‘Cinema’, o artista compara, de forma divertida, a pessoa com a qual se relaciona ao cinema. Tal composição provavelmente se refere à sua atual namorada Olivia Wilde, atriz e diretora nova-iorquina.
Já em ‘Daydreaming’ a obra atinge o seu auge, com uma letra simples que compara o ato de amar a sonhar acordado, e devido ao seu cativante ritmo, transmite a sensação de realmente estar-se sonhando. A faixa junto a ‘Keep Driving’ que narra o ato de dirigir contemplando a paisagem, e ‘Satellite’ que trata daquele amor vai e volta, são as canções mais delirantes da carreira do cantor e as melhores do álbum.
‘Boyfriends’ é uma composição acertada em que Harry fala sobre como homens podem ser perigosos quando se trata de relacionamentos amorosos, mas acaba passando um pouco despercebida entre tantos destaques. Mas em ‘Love Of My Life’ o disco é finalizado com maestria, por meio de uma linda carta de amor à Londres, capital do país de origem do artista.
Não é à toa que o trabalho está sendo aclamado pela crítica especializada. A música de Harry conversa com o público de maneira única, e seu sucesso é a prova disso. O projeto é um exemplo de como fazer um álbum pop e provavelmente terá longevidade, sendo um forte concorrente às futuras premiações.
Edição e supervisão: Professora Vanessa Sena