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Literatura: conheça cinco leituras indispensáveis integrantes do Modernismo

Em 1922, a Semana de Arte Moderna contribuiu para a ascensão e consolidação do movimento modernista no Brasil.

Por Maria Beatriz Rodrigues

Da redação portalfalcon.com

Publicado em 03/11/2022

 

O Modernismo no Brasil foi um movimento responsável por uma repaginação no ramo artístico e cultural no país. Esse movimento consistia em fazer críticas sociais por meio de produções artísticas, que eram marcadas por uma liberdade estética. Em 1922, a Semana de Arte Moderna, liderada por como Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Anita Malfatti, e Tarsila do Amaral, contribuiu para a ascensão e consolidação do movimento modernista no Brasil. Em 2022, a Semana de Arte Moderna completa 100 anos. Pensando nisso e com o intuito de homenagear esse movimento de suma importância à cultura brasileira, o Portal Falcon selecionou cinco livros integrantes do Modernismo para você conhecer. Confira abaixo:


1 - Macunaíma, de Mário de Andrade


Lançado em 1928, Macunaíma nos traz a história de um protagonista anti-herói que dá o nome ao título do livro. O personagem, aliás, é descrito como preguiçoso. No decorrer da narrativa, o leitor acompanha as traquinagens de Macunaíma em busca de uma pedra mágica que estava em posse de Piamã, um gigante comedor de pessoas que morava em São Paulo. Em 1969, Macunaíma recebeu um filme homônimo estrelado pelo ator e cantor Grande Otelo.


2 - Capitães da Areia, de Jorge Amado


Publicado em 1937 e dividido em quatro partes, Capitães da Areia aborda a história de um grupo de jovens em situação de vulnerabilidade social na Bahia. Liderados por Pedro Bala, um adolescente na faixa dos 15 anos, os jovens cometem roubos para sobreviver. A história escrita por Jorge Amado é uma crítica ao descaso governamental da época tanto que, quando o livro foi publicado, autoridades baianas queimaram exemplares em praça pública.


3 - Vidas Secas, de Graciliano Ramos


O livro, publicado em 1938, conta as desventuras de uma família de retirantes composta por Fabiano, Sinhá Vitória e dois filhos (personagens que não têm os nomes apresentados). A narrativa é dividida em 13 capítulos e não possui linearidade. No decorrer do livro, o leitor acompanha situações como analfabetismo, insegurança alimentar, abuso de poder e descaso governamental. Em 1963, Vidas Secas ganhou uma adaptação cinematográfica homônima dirigida e roteirizada por Nelson Pereira dos Santos. O filme, inclusive, contribuiu para o surgimento de um movimento no audiovisual brasileiro, o Cinema Novo.

 

4 - Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles


Ciranda de Pedra, lançado em 1954, traz a história de Virgínia, uma jovem que é a caçula de um casal que tem três filhas. A protagonista tem a vida transformada quando os pais decidem terminar o casamento e, por isso, ela decide ir morar com a mãe, enquanto as outras irmãs permanecem com o pai. O livro aborda temas como solidão, traição e, principalmente, sobre como as aparências enganam. A narrativa de Lygia Fagundes Telles rendeu duas telenovelas de mesmo nome em 1981, na Rede Globo e a outra em 2008, também dessa emissora.


5 - A hora da estrela, de Clarice Lispector


Publicado em 1977, o último livro escrito por Clarice Lispector conta a história de Macabéa, uma jovem alagoana criada por uma tia maldosa. Ao mudar-se para o Rio de Janeiro, Macabéa começa a trabalhar como datilógrafa e conhece Olímpico, um metalúrgico que almeja tornar-se um deputado. No decorrer da narrativa, acompanhamos as desilusões e desejos da protagonista. Em 1985, A hora da estrela ganhou um filme homônimo com Marcélia Cartaxo no papel principal.


Edição e supervisão: Professora Vanessa Sena

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