Ação conjunta entre Prefeitura e Governo do estado identifica 244 crianças em situação de trabalho infantil em Manaus
Foto: João Viana/Semcom.
O Brasil tem 1,8 milhão de crianças com idade entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil. Os dados são da Pesquisa Nacional de Domicílios 2019 (PNAD), que foi divulgada no final do ano de 2020 pelo IBGE. Ainda que os números da pesquisa sejam altos, houve uma redução de 16,8% em comparação com o ano de 2016. Em Manaus, no mês de Abril, a prefeitura iniciou uma ação conjunta emergencial contra o trabalho infantil com o governo do estado, apontou que há 244 crianças na capital do estado vivendo em situação de rua, dentre as quais 99 vendendo produtos diversos, 60 realizando malabares, 53 com a presença dos pais nos semáforos e 32 em atividades diversas.
Lilian Gomes, Diretora de Proteção Social da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania - SEMASC, salientou que o trabalho infantil em Manaus foi acelerado pela imigração:
“Aqui em Manaus a gente vê isso muito claro e expresso nas nossas ruas, nos nossos logradouros, então desde a venda de água, do picolé, do bombom. Com a chegada dos imigrantes, e juntando o que nós já tínhamos, isso se fortalece.” Explicou.
A orientação da SEMASC é que ao identificar uma criança ou adolescente em situação de trabalho infantil, a popualação denucie através dos canais de atendimento da Secretaria 0800 092 6644 ou 0800 092 1407, pelo disque 100, ou ainda, acione o conselho Tutelar.
Campanha Trabalho Infantil não é brincadeira: A Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania - SEMASC, iniciou no último dia 10 de junho, a campanha “Trabalho Infantil não é Brincadeira”. Jane Mara, Secretária da pasta falou sobre a importância dessa iniciativa:
“Nós temos várias ações que estão sendo realizadas em alusão ao dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, que é o dia 12 (de junho). O trabalho infantil não está ligado exclusivamente a atuação nas ruas ou sendo exploradas no caso de indústrias, entre outros. Mas no núcleo duro da família também, nos domicílios a gente também identifica situação de trabalho, é claro que nós precisamos identificar como que essa família precisa ser assistida pelos órgãos do poder público e pelas nossas políticas públicas que estão à disposição dessas famílias que estão vulneráveis socialmente”, finalizou.
Edição: Karina Ramos
Supervisão: Macri Elaine
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